Abri as frescas rosas,
fazei brilhar os cravosdo seu jardim, ó árvore, vesti-vos
de lindas folhas verdes;
videira que nos destes sombra outrora,
a cobrir-vos de pâmpanos voltai.
Natureza formosa,
eternamente a mesma,
dizei aos loucos, aos mortais dizei
que eles não perecerão.
Não cuidarei dos rosais
que ele deixou, nem dos
pombos;que eles sequem, como eu seco,
que eles morram, como eu morro.
(Rosalía de Castro, trad. Ecléa Bosi)
Nenhum comentário:
Postar um comentário