segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Da Galícia


Abri as frescas rosas,
fazei brilhar os cravos
do seu jardim, ó árvore, vesti-vos
de lindas folhas verdes;
videira que nos destes sombra outrora,
a cobrir-vos de pâmpanos voltai.
Natureza formosa,
eternamente a mesma,
dizei aos loucos, aos mortais dizei
que eles não perecerão.

 

 

Não cuidarei dos rosais
que ele deixou, nem dos pombos;
que eles sequem, como eu seco,
que eles morram, como eu morro.

(Rosalía de Castro, trad. Ecléa Bosi)

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