Palavras daquela que inventou um gênero literário (o romance), quase mil anos antes do que o cânone apregoava:
(...)
tímida, pouco amiga de olhares estranhos, retraída, amante de velhas histórias,
tão aficionada à poesia que quase nada me interessa, e desdenhando toda a
gente, na desagradável opinião que de mim os outros fazem. E, no entanto,
quando me conhecem consideram-me muito suave e diferente do que lhes fizeram
supor. Sei que muitos me consideram uma espécie de proscrita, mas habituei-me a
isso e digo para mim mesma:
EU SOU COMO SOU.
(Murasaki
Shikibu. c.978-c.1014)