domingo, 10 de novembro de 2013

Denise, essa Maga


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{devo confessar. sua sutileza intuitiva me surpreendeu: ter suposto que talvez a minha essência pudesse ser alcançada não pelo excesso e pelo acúmulo de informação, mas pela noção fragmentada, pela nota marginal, pelo rabisco despretensioso: ter optado pela possibilidade do alcance do todo mediante o traçado da errância e da descontinuidade: alcançar-me quiçá (com evasiva alegria, você medita) pelo fortuito embaraçar-se, pelo vulgar encontrão, pelo patético equívoco: penso ser um razoável azimute: o do ao sabor do acaso. não marque portanto hora, pois lá não estarei.}

(Roberto Amaral, Le mot juste. Orobó Edições, 2011)
 
 

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