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{devo confessar. sua sutileza intuitiva me surpreendeu: ter
suposto que talvez a minha essência pudesse ser alcançada não pelo excesso e
pelo acúmulo de informação, mas pela noção fragmentada, pela nota marginal,
pelo rabisco despretensioso: ter optado pela possibilidade do alcance do todo
mediante o traçado da errância e da descontinuidade: alcançar-me quiçá (com
evasiva alegria, você medita) pelo fortuito embaraçar-se, pelo vulgar
encontrão, pelo patético equívoco: penso ser um razoável azimute: o do ao sabor
do acaso. não marque portanto hora, pois lá não estarei.}
(Roberto Amaral, Le
mot juste. Orobó Edições, 2011)
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