"Sereia Ca(n)tadora" é um selo editorial de livros artesanais criado para marcar a volta da publicação da revista de poesia Babel. O primeiro título é um livro-piloto da coleção, que será realizada em associação com o Centro Camará de Pesquisa e Apoio à Infância e Adolescência, envolvendo jovens atendidos pela entidade em São Vicente, São Paulo, Brasil.
(...) o selo "Sereia Ca(n)tadora", no espírito cartonero, se somará à rede de editoras criadas na América Latina, juntando-se às brasileiras "Dulcineia Catadora" e "Katarina Kartonera", ampliando o espaço de intercâmbio entre escritores locais e de outros países, como "Eloísa Cartonera", na Argentina, o "Sarita Cartonera" no Peru, o "Yerba Mala" na Bolívia, "Yiyi Jambo" no Paraguai, Animita no Chile, "La Cartonera" no México, entre outros que já chegam a quase 20.
Esses projetos, muitas vezes associados, abrem a possibilidade de divulgação de escritores por toda a América Latina, trabalhando na contramão do mercado editorial que não tem interesse por poesia ou sequer conexão com a literatura produzida contemporaneamente. Daí o sentido especial do selo "Sereia Ca(n)tadora" publicar como livro-piloto do projeto um livro de Óscar Limache, traduzido pelo jornalista e escritor Alessandro Atanes. A escolha simboliza essas trocas e experiências editoriais que captam a gênese da contemporaneidade, repercutindo um movimento que se expressa na América Latina: nascido da crise através de uma solução que busca a simplicidade baseada em ideais comunitários e cooperativos, além de ecológicos e sociais, os livros são feitos com papelão catado nas ruas ou adquirido de cooperativas de catadores e papel reciclado, com capas pintadas uma a uma artesanalmente. Isso transforma os livros em objetos de arte, na contramão da tendência tecnológica que apregoa o seu desaparecimento para se transformar em algo virtual, encontrando uma relação lúdica com novos e antigos leitores, que faz o sucesso desses selos editoriais.
O selo "Sereia" vai publicar uma coleção de poetas da América hispânica traduzidos e uma coleção de poetas brasileiros ampliando o trabalho da revista que, assim como o selo Sereia, são editados pelo escritor Ademir Demarchi com um coletivo de colaboradores.
O primeiro título da coleção é o livro Voo de identidade, um sobrevoo poético sobre as Linhas de Nasca, série de inscrições de dimensões gigantescas desenhadas no deserto peruano antes da Era Cristã. Com sua poesia, Limache venceu o principal prêmio literário de seu país, o Copé de Oro e, apaixonado por poesia brasileira, traduziu em 2009 Preparativos de viagem, de Mário Quintana.
O livro foi feito com papelão catado nas ruas e teve as capas elaboradas uma a uma por Ademir Demarchi, Alessandro Atanes, Carmem Lúcia Brandalise e Paulo de Toledo; impressão por Alessandro Atanes e Marcelo Ariel e encadernação feita por Ademir Demarchi. O desenvolvimento do selo será feito no ano que vem [2011] pelo coletivo do Centro Camará com jovens atendidos pela instituição.
(...) o selo "Sereia Ca(n)tadora", no espírito cartonero, se somará à rede de editoras criadas na América Latina, juntando-se às brasileiras "Dulcineia Catadora" e "Katarina Kartonera", ampliando o espaço de intercâmbio entre escritores locais e de outros países, como "Eloísa Cartonera", na Argentina, o "Sarita Cartonera" no Peru, o "Yerba Mala" na Bolívia, "Yiyi Jambo" no Paraguai, Animita no Chile, "La Cartonera" no México, entre outros que já chegam a quase 20.
Esses projetos, muitas vezes associados, abrem a possibilidade de divulgação de escritores por toda a América Latina, trabalhando na contramão do mercado editorial que não tem interesse por poesia ou sequer conexão com a literatura produzida contemporaneamente. Daí o sentido especial do selo "Sereia Ca(n)tadora" publicar como livro-piloto do projeto um livro de Óscar Limache, traduzido pelo jornalista e escritor Alessandro Atanes. A escolha simboliza essas trocas e experiências editoriais que captam a gênese da contemporaneidade, repercutindo um movimento que se expressa na América Latina: nascido da crise através de uma solução que busca a simplicidade baseada em ideais comunitários e cooperativos, além de ecológicos e sociais, os livros são feitos com papelão catado nas ruas ou adquirido de cooperativas de catadores e papel reciclado, com capas pintadas uma a uma artesanalmente. Isso transforma os livros em objetos de arte, na contramão da tendência tecnológica que apregoa o seu desaparecimento para se transformar em algo virtual, encontrando uma relação lúdica com novos e antigos leitores, que faz o sucesso desses selos editoriais.
O selo "Sereia" vai publicar uma coleção de poetas da América hispânica traduzidos e uma coleção de poetas brasileiros ampliando o trabalho da revista que, assim como o selo Sereia, são editados pelo escritor Ademir Demarchi com um coletivo de colaboradores.
O primeiro título da coleção é o livro Voo de identidade, um sobrevoo poético sobre as Linhas de Nasca, série de inscrições de dimensões gigantescas desenhadas no deserto peruano antes da Era Cristã. Com sua poesia, Limache venceu o principal prêmio literário de seu país, o Copé de Oro e, apaixonado por poesia brasileira, traduziu em 2009 Preparativos de viagem, de Mário Quintana.
O livro foi feito com papelão catado nas ruas e teve as capas elaboradas uma a uma por Ademir Demarchi, Alessandro Atanes, Carmem Lúcia Brandalise e Paulo de Toledo; impressão por Alessandro Atanes e Marcelo Ariel e encadernação feita por Ademir Demarchi. O desenvolvimento do selo será feito no ano que vem [2011] pelo coletivo do Centro Camará com jovens atendidos pela instituição.
(Lincoln Spada, http://opalcosantista.wordpress.com/2010/11/26/sereia-cantadora-marca-a-volta-de-babel-com-livro-de-peruano/)
Títulos publicados até agora:
Voo de identidade (edição bilíngue), de Óscar Limache
HI-KRETOS e outras abstrações, de Paulo de Toledo
A morte de Herberto Hélder e outros poemas, de Marcelo Ariel
Olho por olho, de Regina Alonso
O amor é lindo, de Ademir Demarchi
Mal d'orror, de Paulo Franchetti
Oco do mundo, de Marco Aurélio Cremasco
O subidor de montanhas, de Mauro Faccioni
Dedo-de-moça, de Carlos Vogt
Este lado para cima, de Leila Guenther
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