(Marielle Franco, 1979-2018)
Venho repetindo
com a consciência do fracasso
os passos de sempre
à procura de mim
à procura de um chão para chamar de país
desde a primeira luz da manhã
que me faz ver o que não quero
até a escuridão da noite
em que me prometem o esquecimento do que vi
com a consciência do fracasso
os passos de sempre
à procura de mim
à procura de um chão para chamar de país
desde a primeira luz da manhã
que me faz ver o que não quero
até a escuridão da noite
em que me prometem o esquecimento do que vi
Há quem lute em meu lugar
Há quem morra no lugar de todos
Há quem nos mate todos os dias
Há quem morra no lugar de todos
Há quem nos mate todos os dias
Hoje
“Ficaram velhas todas as notícias.”
“Ficaram velhas todas as notícias.”
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