me chamam de algum lugar de dentro.
som de ondas, de mar batendo em vão
contra as pedras,de ferros se chocando no fundo do oceano.
fora, as plantas crescem.
sob minhas unhas ainda há terra
com que semeei os mortos.eles vingaram.
no quintal dão frutos doces
mesmo quando não maduros.
nos vasos – pequenos –
estendem os caules e as folhas
num emaranhado confuso de liberdade
que as mãos
– antes de serem raízes –
não puderam tatear.
nunca lhes falta água.
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