sábado, 29 de junho de 2013
O Caminho
Estudar o Caminho de Buda é estudar a si mesmo. Estudar a si
mesmo é esquecer-se de si mesmo. Esquecer-se de si mesmo é ser iluminado por
tudo que existe.
(Eihei Dogen)
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budismo,
Um Oriente ao oriente do Oriente
segunda-feira, 24 de junho de 2013
IX Desafio Profissional de Muay Thai FEPLAM
Meu primeiro professor de Muay Thai, Ilo Montalbo, treinado pelo segundo professor que tive, mestre Celso Oliveira Junior, na bela luta de hoje, no IX Desafio Profissional de Muay Thai FEPLAM.
domingo, 23 de junho de 2013
Barato
(...)
os fogos de natal.
e brincadeira, os tiros de um menino.
a bala me pegou entrando.
eu também era menino.
os fogos de natal.
e brincadeira, os tiros de um menino.
a bala me pegou entrando.
eu também era menino.
(Ricardo Pedrosa Alves, "Ano do cão". Barato. Curitiba, Medusa, 2011)
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Haicais de 12 de junho
(Hisashi Otsuka, Lady Murasaki revisited)
dia dos namorados:
ela guarda os ingredientes
do jantar adiado
*
12 de junho:
o presente há tempos
espera na gaveta
*
em cidades diferentes
bebendo o mesmo chá:
dia
dos namorados
*
vestida
com o presente
do
amor distante
e sentindo frio
*
12
de junho: sozinha
procurando
no guarda-louça
os
dois melhores copos
(Leila Guenther)
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Lamento da mãe órfã
Foge por dentro da
noite
reaprende a ter pés e a caminhar,
descruza os dedos, dilata a narina à brisa dos ciprestes,
corre entre a luz e os mármores,
vem ver-me,
entra invisível nesta casa, e a tua boca
de novo à arquitetura das palavras
habitua,
e teus olhos à dimensão e aos costumes dos vivos!
Vem para perto, nem que já estejas desmanchando
em fermentos do chão, desfigurado e decomposto!
Não te envergonhes do teu cheiro subterrâneo,
dos vermes que não podes sacudir de tuas pálpebras,
da umidade que penteia teus finos, frios cabelos
cariciosos.
Vem como estás, metade gente, metade universo,
com dedos e raízes, ossos e vento, e as tuas veias
a caminho do oceano, inchadas, sentindo a inquietação das marés.
Não venhas para ficar, mas para levar-me, como outrora também te trouxe,
porque hoje és dono do caminho,
és meu guia, meu guarda, meu pai, meu filho, meu amor!
Conduze-me aonde quiseres, ao que conheces, - em teu braço
recebe-me, e caminhemos, forasteiros de mãos dadas,
arrastando pedaços de nossa vida em nossa morte,
aprendendo a linguagem desses lugares, procurando os senhores
e as suas leis,
mirando a paisagem que começa do outro lado de nossos cadáveres,
estudando outra vez nosso princípio, em nosso fim.
reaprende a ter pés e a caminhar,
descruza os dedos, dilata a narina à brisa dos ciprestes,
corre entre a luz e os mármores,
vem ver-me,
entra invisível nesta casa, e a tua boca
de novo à arquitetura das palavras
habitua,
e teus olhos à dimensão e aos costumes dos vivos!
Vem para perto, nem que já estejas desmanchando
em fermentos do chão, desfigurado e decomposto!
Não te envergonhes do teu cheiro subterrâneo,
dos vermes que não podes sacudir de tuas pálpebras,
da umidade que penteia teus finos, frios cabelos
cariciosos.
Vem como estás, metade gente, metade universo,
com dedos e raízes, ossos e vento, e as tuas veias
a caminho do oceano, inchadas, sentindo a inquietação das marés.
Não venhas para ficar, mas para levar-me, como outrora também te trouxe,
porque hoje és dono do caminho,
és meu guia, meu guarda, meu pai, meu filho, meu amor!
Conduze-me aonde quiseres, ao que conheces, - em teu braço
recebe-me, e caminhemos, forasteiros de mãos dadas,
arrastando pedaços de nossa vida em nossa morte,
aprendendo a linguagem desses lugares, procurando os senhores
e as suas leis,
mirando a paisagem que começa do outro lado de nossos cadáveres,
estudando outra vez nosso princípio, em nosso fim.
(Cecília Meireles)
domingo, 2 de junho de 2013
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